2008/08/23
O bom motivo da solidão do poeta
Um nome não me deixa falar...
Essa agonia
E esse deluzir
Que me fasso
As vezes,
Talvez seja
A salva guarda,
Um cais de porto
Onde deixo de ser
Esse pobre
Fiel de tantas derrotas.
Um nome...
Nome este,
Que me põe
A caminhar sobre as rochas
Negro, ja denso
Dos temores,
Dos desejos
Das esquinas
Que não ensinaram- me
Este nome...
despenco...
Que abraço recebo
Agora que padeço
No mais só
Dos cárceres?
Não lhe- sei dizer
Que não falam
Os perdedores
O gosto Do vazio.
É um anjo...
É um anjo mãe!
Nome teu!
Que só de ti
Viría algo
Tão inefável
Destruir a calma
E arrebatar
Tão febrio,
Filho teu!
Me conheces
Sonhador dos amores mãe...
Por que então
Deste um tão vivo?
Maior que eu?
Este nome
Não me vive mãe...
Este nome
Diz outros
Onde não me vejo espelhar.
Novamente despenco...
E agora,
Vejo claras
Tuas formas.
Me diz!
Seja eu ao menos hoje,
Que me deixo,
Precipito ao solo
Esta face,
Que sem
Tua forma
Nada vale!
Se não ouves
Amado nome,
Amargo...
E me volto
A solidão,
Que esta,
É amante total
De todos
Os poetas...
E mesmo agora
Que ponho
A beira
Meus pssos,
Peço que viva,
Que amanhã
Renasço verso teu...
E por fim,
Falarei tua vóz
Sendo nome meu.
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