2008/09/10
Lumina
Que as dores fazem cair as mascaras
E dilaceram o orgulho...
E espero então,
Mesmo ciente
Do só
Que me atalha
E condena
A cada dia,
Olhar a frente
E ver que ainda
Não estou,
Mesmo junto...Corte então mãe,
Que deluzir- me- hei
Somente na morte!
Porém, a lembrança
De teu mais belo anjo,
Não me poderá
Jamais tirar.
Que estas, são eternas
De cada ser teu.
lumina!
Divinae lumina!
2008/08/23
O bom motivo da solidão do poeta
Um nome não me deixa falar...
Essa agonia
E esse deluzir
Que me fasso
As vezes,
Talvez seja
A salva guarda,
Um cais de porto
Onde deixo de ser
Esse pobre
Fiel de tantas derrotas.
Um nome...
Nome este,
Que me põe
A caminhar sobre as rochas
Negro, ja denso
Dos temores,
Dos desejos
Das esquinas
Que não ensinaram- me
Este nome...
despenco...
Que abraço recebo
Agora que padeço
No mais só
Dos cárceres?
Não lhe- sei dizer
Que não falam
Os perdedores
O gosto Do vazio.
É um anjo...
É um anjo mãe!
Nome teu!
Que só de ti
Viría algo
Tão inefável
Destruir a calma
E arrebatar
Tão febrio,
Filho teu!
Me conheces
Sonhador dos amores mãe...
Por que então
Deste um tão vivo?
Maior que eu?
Este nome
Não me vive mãe...
Este nome
Diz outros
Onde não me vejo espelhar.
Novamente despenco...
E agora,
Vejo claras
Tuas formas.
Me diz!
Seja eu ao menos hoje,
Que me deixo,
Precipito ao solo
Esta face,
Que sem
Tua forma
Nada vale!
Se não ouves
Amado nome,
Amargo...
E me volto
A solidão,
Que esta,
É amante total
De todos
Os poetas...
E mesmo agora
Que ponho
A beira
Meus pssos,
Peço que viva,
Que amanhã
Renasço verso teu...
E por fim,
Falarei tua vóz
Sendo nome meu.
2008/08/19
lá fora
Sair...
Vento, que mau Sou fracasso...
Entorpeço...
Pequenas,
Idéias,
Trabalhos,
Esperanças...
Areia e pó,
Que estrela,
Se-mais- vive
Quando morta!
Sair!
Já não é uma questão
De poder...
Me deixe só!
Me deixe aqui...
Bela se fora
Metálica luz,
Fundir desejo meu
Em morte...
Estou...
Ainda estou Maldade?
É quase hora.
Passará meu trem
Dos insanos
Da aurora de Deus.
E verão a chama,
Mesmo gris
Das verdades que vivo.
Mas ainda estou,
E estando,
Não posso ainda...
Vê...
Dói...
É denso...
Mas está vindo...
É quase hora.
2008/08/03
de nó
É um nó
Que nó se diz
Sem nó
Nos dar....
E finda por terra...
E morto brota,
Descende do alto,,
Quese Ícaro.
Um lampeão
Que fosse,
Que em gota de água
Nó desse.
Nada é
Que um fio mais
Do nó
Que- se na corda destece
Oxalá, de um dia
Ciência tiver
Do coloio
A mãe que é,
Essa disvalencia
Que aos cantos, quatro,
Em nome de fé
Que não é,
Bradar felizPela obra divina
O carro que veio
Do céu
É um cavalo
Para dois
Sermão de um
Para milhões
Muitos Deuses
Para todas
As religiões
E um para desatar
Todos nós
De peito ferido
De amor
Mundano, ingrato
Sabedor do erro
Que amando
Se mantem
Da vela
Do pai
Pela fome
Do filho
Para o santo
Que não vê
Pondo-o a espera
Do milagre
Que não vem.
2008/07/09
Vazio
É um vazio...
Os carros nas avenidas,
As pequenas,
Que ainda tento,
Essa falsa poesia,
Na falta de sentimentos,
É a sequidão da alma,
Que por tão só,
Em maldição transmuta- se,
E se humilha,
No chão resvala,
Em troca de um olá,
Jurando igualar- se,
A qualquer caráter...
São médicos, professores,
Pedreiros, carpinteiros,
Despachantes!
Gente de todos os tipos,
Cumprindo a vida,
Como itinerante!
São as pessoas,
Que nunca acabam!
Os crimes não punidos!
O amor que não é ciência,
Mas que um qualquer,
Que ao menos pense,
Tê- lo sentido!
O diz na firmeza,
De um axioma.
São falsas também,
As declarações...
Porém reais,
Os pés calejados,
Os caminhos infindáveis,
E o tilintar no bolso,
Dos poucos centavos.
Eu não sou daqui...
Não me cabe,
Este universo,
Este coração partido,
De menino...
Esta menina,
Que mesmo tomado,
De medo, desejo,
O coração deste menino,
Em que as vezes,
Me perco.
Talvez o céu,
Não seja tão bom,
E a vitória,
Não valha tanto...
Talvez, no final,
Seja só um jogo,
E Deus um de meus livros.
2008/07/08
a visão do cego
Vamos a luta irmãos!
Esta é a vontade de Deus!
Sejamos fortes perante os ataques inimigos!
Somos homens de fibra!
Nada detém a força de quem luta em nome da grande mãe do sagrado coração!
Nas mãos dos homens, apenas estão as coisas pequenas. Pois a mãe é quem decide de que lado ficará!
E as mulheres, serão sempre Deusas apartir desta vitória.
Serão mães, irmãs, primas e putas!
Nas calçadas, casas de família, e nos minaretes postos de pé sobre os mortuários, a entoar por seus mortos heróis, preces, sem qualquer esparança.
2008/07/07
orvalho
De quem seriam?
E as fadas
Que me- vem visitar
Sempre que na calada
Ponho- me culminado
De pavor?
Flores de morte
Trazem sempre
A serenidade...
E eu,
na gota de orvalho refletido,
incolor e informe
desprendo- me da pétala.
E após o segundo
de uma queda infinita,
sinto- me oceano
em pedaços incontáveis
na correnteza
de um riacho.